terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dia 23

Antes de falar sobre mais um dia de sobrevivência aos mortos-vivos, tenho de comentar sobre os sobreviventes. Marne, Cedric, Julio e Bruno entraram em contato. Temo pela vida de Vagner e Marcos. Os dois não entraram mais em contato. Prefiro pensar que está complicado de entrar na internet.

Contei a Anna sobre a mulher do telhado. Ela também subiu para avistá-la. Ela não estava lá, mas apareceu depois de uma hora. Parecia mais animada ao ver os dois e acenou com maior entusiasmo. Sua espingarda a acompanha o tempo inteiro – fico imaginando como ela aprendeu a atirar com aquilo, pois o coice é forte.

Anna quis gritar para ela, mas tampei sua boca. Até mesmo a mulher de lá percebeu o que minha amiga ruiva estava fazendo e colocou o indicador na frente dos lábios. Agora precisamos encontrar um meio de se comunicar à distância.

Enquanto isso não acontece, descemos para comer alguma coisa. Anna me surpreendeu com uma tesoura e pediu que cortasse seu cabelo. Exigiu, aliás, pois disse que não saberia como fazer aquilo. Ela me convenceu dizendo que seria muito imprudente fugir de zumbis com cabelo comprido. Faz sentido. Roupas largas e cabelos compridos devem ser um convite para as mãos sedentas. Mortas, mas sedentas.

Não ficou um primor, mas devo dizer que gostei de ver Anna com os cabelos curtos. Ela subiu ao telhado para mostrar a novidade à nova “amiga”.

Desceu dizendo que há mais mortos na rua. Eles estão se acumulando novamente. Sinto que não vamos poder curtir essa mansão por muito mais tempo...

Um comentário:

  1. Ainda estou por aqui. Segui o conselho de Cedric e passei os últimos dias nos outros apartamentos. Achei comida em alguns, mas nada de sobreviventes. A saída foi boa pq tbm tracei um plano pra sair daqui. É no mínimo ousado, mas não consegui pensar em mais nada. Vou tentar atrai-los para a minha portaria e voltar para o quinto andar. De lá consigo acessar a parte de cima do prédio. Creio que consiga sair pelo outro lado, na outra portaria. Mesmo tendo muitos deles na rua, espero que a maioria se aglomere na minha porta. De lá não sei pra onde ir. Tentarei achar um carro pra me mandar daqui. Sorte a todos, inclusive a mim. Desculpem se houver erros, tive que digitar no telefone, estou poupando a bateria do notebook para a fuga.

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