quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dia 37

Anna está com febre. Tenho de acreditar que continua sendo a péssima alimentação que nós tivemos nos últimos dias. Não quero perguntar a ela se foi mordida ou arranhada. Tive todo seu corpo nu para ver, mas rastros de mortos-vivos foram as últimas coisas que procurei.

Decidi que não vamos mais ficar aqui. Não depois daquele zumbi, que ficou nos observando. E se algo lá no fundo dos cérebros dessas coisas ainda existir rastros de humanidade? E se, num sábado, eles decidirem se direcionar para cá, como costumavam fazer? Shoppings já eram o próprio inferno nos fins de semana quando todos estavam vivos. Imagine agora, com os mortos.

Vou pedir a Anna que arrume tudo – inclusive toda a comida que conseguimos salvar em meio a tanta coisa estragada. Estamos de saída.

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